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Hipocalcemia em vaca: o que é e quais os sintomas?

Por Rio Grande 01/04/2022
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A hipocalcemia em vaca, mais conhecida como febre do leite ou paresia puerperal, é uma doença metabólica responsável por afetar vacas leiteiras, normalmente, saudáveis e altamente produtivas.

Em geral, a bovinocultura de leite é acometida pela doença durante o período de transição, situado entre o pré-parto até o início da lactação, já que se trata de um momento de muitas alterações hormonais e fisiológicas.

Se você como produtor se preocupa com a saúde de seus bovinos, continue conosco para saber mais sobre a hipocalcemia em vaca, como ela ocorre e qual o tratamento mais adequado.

 

O que é hipocalcemia em vaca?

A hipocalcemia em vaca representa uma deficiência de cálcio, aparecendo em torno de 24 a 48 horas após o parto, visto que esse é um momento onde há uma grande demanda para a produção de colostro.

Essa condição acaba por gerar grandes prejuízos à pecuária leiteira, justamente por causar uma redução expressiva na produtividade da vaca afetada.

Além disso, ao ser acometido pela hipocalcemia em vaca, o bovino leiteiro também fica mais vulnerável às outras enfermidades metabólicas e infecciosas.

 

Doenças correlacionadas

Entre as doenças correlacionadas à hipocalcemia em vaca, aparecem:

  • Mastite;

  • Retenção de placenta;

  • Deslocamento do abomaso,

  • Metrite;

  • Atonia ruminal.

 

Por que a hipocalcemia ocorre?

A exigência de um alto nível de cálcio para a formação do feto e para a produção do leite causa a diminuição dos níveis séricos do mineral e abala profundamente a saúde dos bovinos, podendo levar à morte do animal.

Como a necessidade do cálcio é pequena durante o tempo de gestação, a reserva de cálcio é mais baixa nas fêmeas. No entanto, conforme o parto se aproxima, existe uma demanda maior devido à lactação.

Nesse sentido, a hipocalcemia em vacas acontece, principalmente, pela dificuldade do organismo em manter a homeostase do cálcio nesse momento de mudanças intensas em decorrência do parto. 

É comum que a maioria das vacas recém-paridas sofram com a doença, contudo, 5% a 20% dos casos são mais sérios, aparecendo manifestações clínicas da hipocalcemia em vaca.  

 

Sintomas

Os primeiros sinais clínicos da hipocalcemia em vaca são inúmeros. E como as listas sempre facilitam na visualização, preparamos uma com os principais sintomas:

  • Tremores musculares;

  • Ataxia;

  • Dispneia;

  • Decúbito esternal;

  • Depressão;

  • Anorexia;

  • Taquicardia;

  • Temperatura corpórea reduzida;

  • Muflo seco;

  • Cabeça voltada para o flanco.


Em casos mais graves, o animal apresenta flacidez muscular completa, falta de resposta aos estímulos, decúbito lateral, perda de consciência e, consequentemente, coma.

 

Diagnóstico

O diagnóstico da hipocalcemia em vaca acontece através da análise do histórico do animal, dos sinais clínicos apresentados e do exame realizado por um médico veterinário, mensurando os níveis de cálcio no sangue.

 

Como prevenir a hipocalcemia em vaca?

Agora que você chegou até aqui, deu para perceber como essa doença pode deixar a vida do seu rebanho por um triz, não é?

Por isso, é importante adotar uma série de medidas e estratégias eficazes para evitar a hipocalcemia em vaca.

Segundo os especialistas, o mais recomendado é realizar a implementação de uma dieta aniônica no pré-parto, o que consegue melhorar o nível de cálcio no sangue.

As dietas aniônicas compostas por acidogênicos cumprem o papel de diminuir o pH do sangue e colaboram para o aumento de paratormônio (PTH).

Dessa forma, é estimulada a desmineralização dos ossos, uma maior absorção intestinal e o processo de eliminação de cálcio por meio da urina é reduzido. 

 

Como tratar a febre do leite em vacas?

O tratamento padrão de hipocalcemia em vaca é feito com base na aplicação do Borogluconato de cálcio (BGC) em solução de 20 a 30%, de preferência, pela via endovenosa.

É recomendada a dose de um grama de cálcio para cada 45kg de peso vivo. Ainda, conforme os estudos da área apontam, o desempenho do tratamento está intimamente associado à dose de cálcio administrada.

Basicamente, uma dose mais alta implica chances de recuperação ainda maiores.

 

Tratamento via subcutânea

Embora seja comum a administração do cálcio por via subcutânea, existem algumas limitações desse método na resposta ao tratamento.

Para o bovino absorver o cálcio subcutâneo, é necessária uma perfusão periférica adequada, diminuindo consideravelmente a eficácia do tratamento nos animais desidratados.

É indispensável ficar em alerta em relação à administração do medicamento, já que o cálcio injetável pode causar irritação e até mesmo necrose do tecido, sobretudo, quando a quantidade de mililitros de solução é aplicada acima do ideal.  

 

Processo de recuperação

Após receber a medicação, a recuperação da vaca com hipocalcemia ocorre imediatamente ou no máximo em 2 horas.

Apesar de a resposta ao tratamento ser rápida, é normal que algumas vacas apresentem novamente os sinais da doença em 24 ou 48 horas, tendo que receber o mesmo medicamento uma segunda vez.  

Assim, o que é realmente aconselhado é investir em uma nutrição adequada durante todo o período de transição, de modo a garantir a saúde do seu rebanho e a evitar problemas maiores para a sua fazenda.

Gostou de entender como as vacas são afetadas pela febre do leite? Então, aprenda mais ao nosso lado e fique por dentro de outros conteúdos do nosso blog!

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