Qual é o agente causador da doença da vaca louca?
Um grupo de pesquisadores franceses descobriu, recentemente, a provável causa da doença da vaca louca: um tipo de proteína sintetizada pelo cérebro que, ao sofrer mutações, pode adquirir anomalias e originar a enfermidade.
Também conhecida como “mal da vaca louca”, a doença chegou a afetar mais de 180 mil cabeças de gado na década de 90, época em que a pandemia atingiu seu maior pico no Reino Unido.
Hoje, reunindo mais informações sobre a doença, os cientistas conseguem explicar como ela pode ser transmitida e, principalmente, evitada. Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura e fique por dentro!
O que é a doença da vaca louca?
A doença da vaca louca, cientificamente conhecida como encefalopatia espongiforme bovina (EEB), é uma patologia que causa a destruição das células cerebrais dos bovinos.
O nome popular vem dos sintomas causados pela doença, que incluem, principalmente, agressividade e perda da coordenação motora nos animais.
O que é relativamente novo para os cientistas é a origem dessa doença: os príons, um tipo de proteína sintetizada pelo cérebro. Apesar de serem partículas naturais no organismo - inclusive responsáveis por várias funções, como o amadurecimento de neurônios, por exemplo – elas podem se tornar maléficas ao sofrer mutações.
A transmissão dos príons anormais, tanto entre os bois quanto entre seres humanos, é o fator responsável pela incidência da patologia.
Qual é a origem da doença da vaca louca?
Como vimos, se trata de uma doença neurodegenerativa – ou seja, que atinge o cérebro e causa um desenvolvimento de lesões em várias regiões do órgão. Sua origem está na alimentação do gado: anteriormente acrescida de miúdos e restos de medula óssea de outros animais, a ração se tornava, então, um meio ideal para a proteína ser transmitida. Ao ingerir o alimento, o boi se contaminava e passava a portar a doença – até hoje, sem cura.
Felizmente, no entanto, com a adoção de novas medidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), foi possível controlar os surtos e reduzir significativamente a contaminação entre os animais.
A doença afeta as pessoas?
Apesar de insignificante atualmente no Brasil, ainda existe um risco de transmissão para as pessoas, da mesma forma como acontece entre os animais: por meio de alimentos contaminados com a proteína.
Conhecida como doença de Creutzfeldt-Jakob nos seres humanos, a patologia está, no nosso caso, principalmente relacionada à ingestão de carne contaminada - mas pode também ser adquirida de forma esporádica, por meio de procedimentos cirúrgicos e transplantes - ou hereditária, através de mutações genéticas.
Apesar de não ter cura e poder ficar incubada por diversos anos no organismo humano, são raras as pessoas que desenvolvem sintomas - que incluem problemas motores e demência.
Principais sintomas
Nos animais, os sintomas observados são, em geral: agressividade, dificuldade de locomoção, quedas, redução no tempo de ruminação e hipersensibilidade.
É importante lembrar que qualquer manifestação que indique a contaminação pela doença deve ser reportada imediatamente às autoridades sanitárias, de forma que sejam realizados todos os exames clínicos e veterinários no animal.
Quando manifestada no ser humano, por sua vez, a doença causa perda de memória e problemas motores, que se relacionam principalmente à fala e à locomoção.
Infelizmente, ainda não há cura e ou tratamento para a doença. No entanto, no caso dos seres humanos, um acompanhamento médico multidisciplinar pode retardar a sua evolução.
Como prevenir a doença da vaca louca
Com o avanço da tecnologia e dos estudos relacionados à incidência das patologias, muita coisa mudou desde o surgimento dos primeiros surtos da doença, na década de 70, para cá.
Hoje em dia, o uso da cama de frango na pecuária é proibido, o que contribuiu significativamente para a redução na propagação do mal da vaca louca.
Adotar outras medidas preventivas, no entanto, continua sendo essencial na contenção da doença. Por isso, os produtores devem ficar atentos à origem e ao rótulo das rações, que não devem conter, em nenhum caso, proteínas animais em suas fórmulas.
Além disso, os alimentos devem ser preparados cuidadosamente, a fim de que não se contaminem – e nem sejam acrescidos de farinhas de ossos e carne.
Pecuária produtiva é aquela que, sobretudo, garante um manejo eficiente e adequado. Então, mantenha-se sempre atualizado sobre as questões relacionadas à saúde dos rebanhos e não deixe de contar com especialistas na hora de oferecer os melhores produtos e soluções para os seus bovinos.
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